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domingo, 21 de março de 2010

Samba

Descrição
O samba é um gênero musical, de onde deriva um tipo de dança, de raízes africanas surgido no Brasil e tido como o ritmo nacional por excelência. Nasceu nos primeiros anos da década de 1910, na Cidade Nova (Rio de Janeiro), embalando as festas de tia Ciata e outras "tias" baianas. Tocado ao piano ou acompanhado por instrumentos de cordas e metais, ele foi bastante bastante executado em salas de espera de cinemas, coretos e gafieiras até que, em meados da década de 1920, surgiu na cidade um outro tipo de samba, o samba batucado, nascido no Estácio de Sá sob a influência do partido-alto, com predominância dos instrumentos de precussão, e que tinha em Ismael Silva, autor de "Se você Jurar", um de seus mais ilustres representantes. De início apenas um refrão, aos poucos ele foi se transformando, trocando os improvisos por segundas partes fixadas poética e melodicamente. Assim definiu o samba urbano do Rio de Janeiro. Anterior ao samba batucado, o samba-maxixe, gênero híbrido, mistura de samba e maxixe, era tocado como se maxixe fosse ou como se fosse um samba ao jeito de Luciano Perrone. Podemos citar exemplos "Jura e Gosto que me enrosco", de Sinhô, e "Cristo nasceu na Bahia", de Sebastião Cirino e Duque.

A Percussão das Escolas de Samba
A primeira escola de samba surgiu no bairro Estácio de Sá, Rio de Janeiro, no ano de 1928, com o nome de "Deixa Falar". O termo escola de samba, sugerido pelo compositor Ismael Silva, deve-se ao fato de ficar no Estácio a Escola Normal, Como havia disputa entre Mangueira, Osvaldo Cruz e outros redutos, os sambistas do Estácio costumavam provocar:
- Deixa falar, é daqui que saem os professores.
A estrutura das escolas de samba é toda herdada dos ranchos carnavalescos. Abre-alas, alegorias, mestre-sala, porta-bandeira e até mesmo a apresentação do enredo são copiados dos ranchos. A diferença estava na música e no acompanhamento: enquanto os ranchos utilizavam uma orquestra de sopros convencional para tocar suas marchas, as escolas de samba se valiam de um grupo de instrumentos de percussão para tocar o samba.

O Ritmo
Os surdos, na bateria das escolas de samba, têm a função de sustentar o andamento, marcando o ritmo com precisão. Eles são divididos em três categorias: surdo de primeira, surdo de segunda e surdo de corte.

Surdos de Marcação: Sabemos que o samba é um ritmo binário com acentuação no segundo tempo. O surdo de primeira recebe essa denominação por ser o responsável pela marcação da nota de apoio do compasso, não por tocar o primeiro tempo. Esta é a obrigação do surdo de segunda. Por exercerem estas funções é que ambos são chamados de surdos de marcação. Quanto à afinação, de um modo geral o surdo de primeira tem um registro mais grave que o surdo de segunda, sendo exceção a escola de samba Unidos de Vila isabel, que faz uma inversão destes registros afinando o surdo de primeira mais agudo que o de segunda.

Surdo de corte: Outro instrumento do naipe de surdos é o surdo de corte. Chamado também de cortador ou surdo de terceira, ele tem a função de quebrar a rigidez dos surdos de marcação com frases rítmicas variadas. É afinado numa altura determinada entre os surdos de primeira e de segunda.

Adaptação para a Bateria
A bateria é usada de forma a adaptar o que os instrumentos de percussão fazem no samba. O bumbo assume a função dos surdos, o chimbal assume a função do pandeiro ou do ganzá, e a caixa pode em alguns casos continuar com a função da caixa, ou até mesmo do repique mas geralmente exerce a função do tamborim. Essa combinação entre: bumbo, chimbal e caixa, é a forma mais usada hoje em dia para se executar o samba, nasceu na época da bossa nova com bateristas como: Milton Banana e Edson Machado. Por tanto é esta forma que vou demonstrar aqui.

Exemplos






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*Uma parte do conteúdo foi tirada do Método, "Batuque é um Privilégio" de Oscar Bolão.

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