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terça-feira, 30 de março de 2010

Baião

Descrição
Segundo informa Câmara Cascudo, foi gênero de dança popular bastante comum durante o século XIX
Câmara Cascudo registra ainda a sua popularização no país, a partir de 1946, com Luiz Gonzaga, em forma modificada pela "inconsciente influência local do samba e das congas cubanas" - sendo o ritmo de sucesso, vencendo o espaço então dominado pelo bolero.
Sua execução original era com sanfonas, que com a popularização passou a anexar o orquestramento.

O primeiro sucesso veio com a música homônima - Baião - de Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira, cuja letra diz: "Eu vou mostrar pra vocês / Como se dança o baião / E quem quiser aprender / É favor prestar atenção." e "(...) o baião tem um quê / Que as outras danças não têm". Gonzaga logo passou a dominar o gosto popular com outros sucessos no estilo do baião, a ponto de jornais da época registrarem que o ritmo tornara-se a "coqueluche nacional de 1949" (segundo a revista Radar) e era decisiva sua influência "na predileção do povo" (jornal Diário Carioca).

A partir da década de 50, o gênero passou a ser gravado por diversos outros artistas, dentre os quais Marlene, Emilinha Borba, Ivon Curi, Carolina Cardoso de Menezes, Carmem Miranda, Isaura Garcia, Ademilde Fonseca, Dircinha Batista, Jamelão, dentre outros. Se Gonzaga era o "Rei do Baião", Carmélia Alves era tida como a "Rainha", Claudete Soares a "princesa" e Luiz Vieira o "príncipe". Após um período de relativo esquecimento, durante a década de 60 e a seguinte, no final dos anos 70 ressurgiu com Dominguinhos, Zito Borborema, João do Vale, Quinteto Violado, Jorge de Altinho e outros
O ritmo influenciou ainda o tropicalismo de Gilberto Gil e o rock'n roll de outro baiano - Raul Seixas. Este último fundiu os dois ritmos, criando aquilo que chamou de "Baioque".

O Ritmo
Como a bateria não está presente na instrumentação original do baião, é bastante comum ela simular partes da percussão, mais expecificamente triângulo e zabumba. É importante também lembrar que a prioridade no caso de estar tocando junto de zabumba e triângulo, é sempre da percussão. O excepcional baterista Alex Buck, que toca com Domiguinhos (Referência no Baião), contou certa vez que Dominguinhos lhe disse em uma ocasião, "Bateria no Baião é convidado".

O triângulo é um instrumento metálico que trabalha basicamente com dois sons: o som aberto e o som fechado (abafado).
Como o chimbal tem a propriedade de emitir tanto um som aberto como um som fechado, além de possuir som metálico, acaba se tornando a peça mais utilizada para simular o triângulo,sendo comum executar os toques na cúpula de seu prato superior.
Para maior projeção do som pode-se substituir o chimbal pelo prato. Neste caso faz-se o toque fechado no corpo do prato e o toque aberto na cúpula.

Já a zabumba é um tambor tocado com dois tipos de baqueta: o "bacalhau", que é uma vareta fina e flexível, geralmente feita de bambu, e o "boneco" ou "maçaneta", que é uma espécie de baqueta de feltro.
Geralmente usa-se o aro da caixa para simular o toque do "bacalhau", e o bumbo para simular o toque com a baqueta de feltro, que geralmente executa a célula ritmica que mais caracteriza o baião (Que seria o primeiro dos exemplos):

Exemplos
A primeira pauta contém algumas variações possiveis no bumbo.



Agora algumas possibilidades de como combinar caixa e bumbo.




Outras possibilidades, e também outras formas de fazer a condução.



*Clique nas imagens para ampliar.

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