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segunda-feira, 22 de março de 2010

Edison Machado



Ficha Técnica
Nascimento: 1934 † 15/09/1990
Nacionalidade: Brasileiro
Estilo: Samba
Grip Principal: (Parece que usava ambas)
Site: X
Discografia: X

Biografia
A bossa nova gerou expoentes em quase todos os instrumentos. O carioca do Engenho Novo Edison Machado (1934-1990), egresso da escola das gafieiras, foi um de seus principais heróis da bateria. A ele atribui-se a criação do chamado samba no prato por conta de uma caixa que furou num certo baile em seu bairro em 1949, e ele continuou tocando só no prato e tambores.

Quando chegou no Beco das Garrafas, reduto da bossa nova em Copacabana, brilhou integrando um dos melhores trios formados na época, o Bossa Três, ao lado de Luís Carlos Vinhas (piano) e Tião Netto (baixo), além do Sexteto Bossa Rio, liderado por Sérgio Mendes. O Trio Bossa Três foi o primeiro trio de bossa nova a ser lançado internacionalmente, fazendo uma aparição no famoso programa da TV norte americana, Ed Sullivan Show, Steve Kuhn ao piano e o também brasileiro Laurindo de Almeida ao violão.

Também formou o Rio 65 Trio, ao lado de Dom Salvador (piano) e Sérgio Barroso (baixo). No ano seguinte, o mesmo trio gravaria o otimista “A hora e a vez da MPM” (ambos pela Philips, atual Universal), profetizando uma longa vida para a chamada "música popular moderna", rótulo surgido no estuário de estilos do fim da bossa nova. Demonstrou sua inventividade e técnica em importantes álbuns ao lado de músicos como Tom Jobim, Sérgio Mendes, Victor Assis Brasil, Elis Regina, Edu Lobo, Hélio Delmiro, Don Salvador, e o pianista Tenório Junior (tragicamente confundido e assassinado pelo rolo compressor da ditadura Argentina, quando excursionava por aquele país acompanhado de Vinícius de Moraes).

O baterista ainda liderou uma poderosa big band em “Edison Machado É Samba Novo” (CBS) relançado em cd pela Sony sem as informações da contracapa e com uma mixagem ruim. Nesse álbum participavam nos sopros, Moacir Santos, Paulo Moura, J.T. Meirelles, Maciel e Raulzinho, o pianista Tenório e o baixista Tião Netto. Edison gravou em 1970, pelo selo Stylo, o disco “Obras”, liderando um quarteto ao lado de Ion Muniz (sax tenor e flauta), Alfredo Cardim (piano) e Ricardo dos Santos (baixo).
Com o recrudescimento da ditadura e a debandada de músicos para o exílio e um certo esfriamento da bossa nova por aqui a vida para músicos como Edison ficou muito difícil. Partiu então para a Europa e depois para os EUA onde viveu por mais de quinze anos apresentando-secom seu grupo Edison Machado Quartet, nos mais importantes meios jazzísticos. Em 1976 gravou com Chet Baker e Ron Carter.

Só retornaria ao Brasil em 1990. Montou um sexteto para curta temporada na boate People, com os experientes Edson Maciel (trombone), Macaé (sax tenor), Paulo Roberto Oliveira (flugelhorn e cornet), Luís Alves (baixo) e Luís Paiva (piano). Edison já não utilizava mais os pedais da bateria, mas os shows foram a apoteose final de uma trajetória cintilante ceifada pela estreiteza do mercado.

Ele morreria aos cinqüenta e seis anos de idade em Niterói de um enfarte fulminante, três meses depois, no dia 15 de setembro, praticamente esquecido.


Análise

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